Njinga, rainha de Angola. A relação de Antonio Cavazzi de Montecuccolo (1687)
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Tradução do livro das edições Chandeigne publicado em 2010.
A história da rainha Njinga (1582-1663), é um dos episódios mais espantosos da história africana. Esta mulher, rainha do reino angolano de Matamba durante 40 anos, resistiu ao longo de três décadas aos portugueses, à frente das suas tropas, antes de acordar a paz e de se converter ao Catolicismo. Mas não foi sem dificuldades, pois teve de obter o perdão pelos seus crimes, que eram tão numerosos quanto aterradores. Publicada em 1687, a narrativa do seu confessor, o missionário capuchinho Cavazzi, mergulha-nos no coração das trevas, na companhia de uma mulher fascinante, inteligente, cruel, sexualmente dominadora, que tenta abandonar aos poucos as suas práticas pagãs para se converter, a si e ao seu povo, ao Catolicismo. Morreu aos 81 anos, quase envolvida num halo de santidade, antes de a rejeição da religião cristã e de as guerras voltarem a mergulhar o país no caos. O testemunho de Cavazzi é excecional, pois este homem revela-se tão atento aos pormenores das práticas da vida quotidiana quanto às dos cultos diabólicos que os outros missionários mesmo evocar recusam. Através das suas descrições, e também dos seus desenhos — encontrados recentemente com o manuscrito original —, Cavazzi oferece, não só uma narrativa literária e histórica de grande força, mas também um incomparável documento etnográfico sobre a África Central no século XVIII.