Correr

Auteur :
Traduction : Virgílio Tenreiro Viseu
Editeur : Cavalo de Ferro
Nombre de pages : 128
Date de parution : 2010
Langue : portugaise
ISBN : 9789896231484
Prix :

12,00

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Description :
Sinopse

Logo após a guerra, em 1946, nos campeonatos organizados pelas forças aliadas em Berlim, atrás do cartaz Checoslováquia, para grande chacota do público presente, vem apenas um único atleta, magro e escanzelado. Mas quando nos 5.000 metros aquele atleta não só se desembaraça em poucos minutos dos seus mais possantes adversários com uma volta de avanço, como agora começa a ultrapassá-los nova­mente, um a seguir ao outro e, enquanto estes abran­dam, ele volta a acelerar, cada vez mais. De boca aberta ou aos gritos o público do estádio já não aguenta mais. Mais do que duas voltas! Vocifera o locutor do estádio. Em pé, a exultar, estão oitenta mil espectadores. Aquilo não é normal, gritam, aquele tipo faz tudo o que não deveria fazer e ganha! O nome daquele rapaz magro e louro de sorriso aberto nunca mais ninguém o esquecerá: Emil Zatopek. Pou­cos anos e dois Jogos Olímpicos depois, Emil torna-se invencível.

Num livro comovente e emocionante, Echenoz percorre quarenta anos de História recente dando-nos a conhecer a vida ex­cepcional de um dos grandes mitos do desporto, descrevendo de forma atractiva os seus maiores sucessos, mas também as difíceis relações com o poder comunista, a instrumentalização da sua carreira como veículo de propaganda, censura e con­trolo, e as perseguições politicas de que foi alvo e que ditaram o fim da sua carreira.

Críticas de imprensa
«Jean Echenoz é, esse sim, um dos melhores escritores franceses da actualidade. […] Revisitação da História e da Geografia […], “Correr” é um belíssimo romance, escrito na toada minimalista característica de Echenoz que, contudo, nada tem de descarnada, por via do humor, da paródia ou das derivações que o escritor francês vai buscar a Becket ou a Sterne, se quisermos deixar de lado as inovações do Nouveau Roman francês (que, na verdade, não podemos). Exemplo de literatura moderna e pós-moderna, lúcido, lúdico e inventivo, “Correr” merece leitores.»
Ana Cristina Leonardo, Expresso