Cada homem é uma raça (contos)
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Inquirido sobre a sua raça, respondeu:
— A minha raça sou eu, João Passarinheiro.
Convidado a explicar-se, acrescentou:
— Minha raça sou eu mesmo. A pessoa é uma humanidade individual. Cada homem é uma raça, senhor polícia.
(Extracto das declarações do vendedor de pássaros)
É comum de Mia Couto ouvirmos histórias de gente simples, com histórias normais, mas com um olhar poético e com uma linguagem mais nova, subversiva e cativante. Esta «estórias» estão repletas de viúvas, príncipes e princesas, bêbados, cegos, barbeiros, vadios e mendigos, meninas loucas, seres marginais às alamedas da sorte falam, às vezes, com os mortos, com as pedras, consigo próprios (quando não há ninguém para escutá-los). Mia Couto senta-se ao lado deles e ouve aqueles segredos sem perder o sorriso e, sem se dar conta, transforma-se num deles, falando como eles...
O livro apresenta 11 contos ou "estórias" : A Rosa Caramela, O apocalipse privado do Tio Geguê, Rosalinda, a nenhuma, O embondeiro que sonhava pássaros, A princesa russa, O pescador cego, O ex-futuro padre e sua pré-viúva, Mulher de mim, A lenda da noiva e do forasteiro, Sidney Poitier na barbearia de Firipe Beruberu, Os mastros do Paralém. Lire : http://www.infopedia.pt/$cada-homem-e-uma-raca