A prisão de Gungunhana
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Editado «em suplemento ao Boletim Oficial do Governo-Geral da Província de Moçambique (Número 9 de 1896)», com o título Relatório sobre a Prisão do Gungunhana, por «Joaquim Mouzinho d’Albuquerque, Capitão de Cavalaria», o texto que agora se reedita é um documento central nas «campanhas de pacificação» levadas a cabo pelo exército português visando a afirmação de uma política imperial nas colónias portuguesas de África em finais do séc. XIX.
A tomada de Chaimite (28 de Dezembro de 1895) e subsequente rendição e prisão do chefe dos Vátua, Gungunhana, foi celebrada euforicamente pelo Estado português, sendo Mouzinho alcandorado ao estatuto de herói, estatuto que aliás veio a sofrer um desgaste rápido. De facto, com essa vitória militar Portugal assegurava o seu controlo territorial de Moçambique, refutando grande parte das veleidades de outras potências europeias ao domínio sobre parte da colónia, e conseguindo um tónico anímico importante após a humilhação do Ultimatum, cinco anos antes, em 1890.