30 poemas de um negro brasileiro

Editeur : Companhia das Letras
Nombre de pages : 120
Date de parution : 2022
Langue : portugaise
ISBN : 9786559212064
Prix :

23,00

3 en stock

Description :

Antologia inédita de poemas de Oswaldo de Camargo, escritor que desmonta, através da literatura, alguns castelos em que se escondem o preconceito e o racismo. Esta edição conta com prefácio de Florestan Fernandes e obra de capa de O Bastardo.

“Eu tenho a alma e o peito descobertos/ à sorte de ser homem, homem negro,/ primeiro imitador da noite e seus mistérios.” Assim começa o poema “Atitude”, de Oswaldo de Camargo, que inaugura a segunda parte deste livro. 30 poemas de um negro brasileiro é resultado da união de 15 poemas negros ― lançado pela primeira vez em 1961, em uma edição limitada da Associação Cultural do Negro ― e de poemas publicados nas obras O estranho e Luz & breu.
Um dos mais importantes intelectuais brasileiros, Camargo traz nos versos deste livro sua autenticidade poética para tratar de negritude e ancestralidade. “Eu tenho dentro em mim anseio e glória/ que roubaram a meus pais./ Meu coração pode mover o mundo,/ porque é o mesmo coração dos congos,/ bantos e outros desgraçados,/ é o mesmo”, declara o poeta.
No prefácio de 15 poemas negros, reproduzido nesta edição, o sociólogo Florestan Fernandes evidencia que as palavras do jovem militante eram atuais à época e seguem atuais hoje, pois suscitam novos ensinamentos: “Ninguém melhor que um poeta para revitalizar as aspirações igualitárias […] que orientaram os grandes movimentos sociais negros da década de 1930”.
Numa produção que perpassa mais de quarenta anos de luta e resistência, esta antologia reforça a excepcionalidade da obra de Oswaldo de Camargo, que, a partir da experiência individual e coletiva de homem negro num país de passado escravocrata, reverbera sua voz atemporal.

“É uma alegria imensa ter a oportunidade de ver os textos de Seu Oswaldo sendo os responsáveis por esta encantadora abertura de portas, que conduzirá uma nova geração de brasileiros a um encontro com si mesmos.” ― Emicida