Obras incompletas
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Antologia primorosa dos escritos de Friedrich Nietzsche, reunindo passagens de todos os seus livros, estas 'Obras incompletas' são, ao mesmo tempo, bem mais que isso - pela argúcia das escolhas do organizador Gérard Lebrun e pela beleza das traduções de Rubens Rodrigues Torres Filho, constituem uma introdução singular ao pensamento do grande filósofo alemão. Na contramão de todo didatismo simplificador, o que se desenha nestas páginas é menos um corpo de doutrina filosófica e mais um método de interrogação de textos clássicos, de ideias feitas, da própria condição humana que talvez seja o que há de mais precioso na obra de Nietzsche. Por que ler Nietzsche? Como ler Nietzsche? Mais do que uma cômoda coleção de melhores momentos ou uma coleção de frases prêt-à-porter, estas 'Obras incompletas' são uma tentativa de responder a essas duas perguntas que perseguem sem descanso os leitores do filósofo desde a década de 1870. Por que ler Nietzsche? Para entrar na posse de uma tese ou de uma teoria? Ora, o filósofo é o primeiro a advertir que 'a posse possui' e 'a convicção escraviza'. E como, então, ler Nietzsche? Como discípulo ou devoto? Mas o próprio autor não tarda a recordar, pela boca de seu porta-voz Zaratustra, que o seguidor de hoje é o perseguidor de amanhã, que o crente mais pio não demora a aprisionar o espírito. Em vez de um corpo de doutrina, o leitor de espírito livre encontrará um método de interrogação da condição humana em tudo que lhe é ou parece ser essencial. Bem e mal, verdade e mentira, mito e moral, vida e morte, história e tempo às mãos de Nietzsche, tudo é matéria legítima para a investigação, inclusive a própria filosofia. Sob uma condição, a única - que não nos apressemos a chegar à resposta, que saibamos manter as perguntas em aberto, para que vivam livres e incompletas.