Os Pobres

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“Os pobres são como os rios. Estancam a sede da terra, fazem inchar as raízes e crescer as árvores; acarretam; moem o pão nos moinhos. Ei-la a vida da terra. Todas as catedrais se construíram da sua dor; sem eles a vida pararia.” “A dor e a ternura encarnaram neste homem, alto e loiro, de olhos azuis, penetrantes, que remexem o fundo das almas e das cousas e se orvalham de piedade, perante o mais leve sofrimento. É um ser complexo, que abrange, em si, o mundo e o céu.” [Teixeira de Pascoaes]
Raul Brandão [1867-1930]. Nasceu na Foz do Douro, filho e neto de pescadores. No Porto, colaborou no folheto Nefelibatas, ao lado de António Nobre, António Correia de Oliveira, entre outros. É desse período o volume de estreia Impressões e Paisagens, contos de influência naturalista. Juntamente com Os Pobres, A Farsa, Húmus ou Memórias afirmam-no como um dos mais importantes autores do século XX português.
Livros cosidos, com folhas não aparadas, à semelhança do que se fazia no passado. A editora liga assim a coleção à História do Livro e associa-lhe uma vantagem ecológica, evitando o desperdício de papel.