Um thriller bem-humorado que tem como protagonista um escritor que leva uma existência pacata e insossa, até o dia em que ocorre um assassinato e a cena do crime é igual à que ele descreveu em seu último livro. A partir daí, ficção e realidade se entrelaçam num jogo perigoso e surpreendente.
Uma mulher é encontrada esfaqueada em seu quarto ― na parede, com sangue da vítima, palavras escritas em grego. Essa foi a cena que a polícia encontrou, mas também a descrita no último romance de Estevão, autor de histórias policiais populares, publicadas em formato de bolso e vendidas em bancas de jornal. Quando o inspetor Macieira o procura para tentar entender o que aconteceu, seus dias monótonos à frente da máquina de escrever chegam ao fim.
Uma trama complexa e alucinante que só a inteligência e humor refinado de Luis Fernando Verissimo poderiam criar. Publicado originalmente em 1987 ― e revisto pelo autor em 2005 ―, O Jardim do Diabo foi sua estreia no romance e logo conquistou milhares de leitores. Misturando citações de clássicos da literatura, metalinguagem, comédia e drama, este é um romance de muitas camadas, mas leitura fácil. Uma obra-prima do mestre Verissimo.
“Ninguém escreve como ele, ninguém escreve melhor do que ele, com total domínio do fraseado, do ritmo, da cadência e da articulação das ideias.” ― Sergio Augusto
“Luis Fernando Verissimo é um grande escritor, uma unanimidade brasileira. No entanto, nem sempre foi assim. Ele era rotulado como ‘grande’ ― mas grande humorista. E, por uma espécie de preconceito cultural, achava-se que a Literatura com L maiúsculo e humor eram incompatíveis. Um texto literário tinha de ser, necessariamente, um texto sério ― no sentido de carrancudo. Foi um dos grandes méritos de Verissimo provar que isso não tem de ser assim.” ― Moacyr Scliar