Ficções de um gabinete ocidental. Ensaios de História e Literatura

Auteur :
Editeur : Civilização brasileira
Nombre de pages : 284
Date de parution : 2009
Langue : portugaise
ISBN : 9789520009413
Prix :

20,00

Description :

Os ensaios de Ficções de um gabinete ocidental, de Marco Lucchesi, levam o leitor a uma viagem pelos mais variados campos do saber e apresentam os pensamentos de um dos intelectuais mais expressivos de sua geração. Enaltecido por personalidades como Umberto Eco e Baudrillard, neste livro ele apresenta 27 textos sobre poesia, literatura, história, filosofia, entre outros temas.

Em Ficções de um gabinete ocidental, Lucchesi nos oferece um livro erudito, mas também uma coletânea de histórias magníficas, uma meditação sobre a pertinência de conceitos, uma confidência sobre sua forma de ver o mundo, entre as quais reside a preocupação sensível com o próximo, com o Outro”, analisa a historiadora e escritora Mary Del Priore no prefácio do livro.

Lucchesi estabelece diálogos com pensadores de todas as épocas. Em A História do futuro, ele fala da sua formação intelectual e demonstra a sua busca por liberdade. Marx, Le Goff, Antonio Vieira entre outros são chamados para o debate sobre o ofício do historiador e a própria História.

Em A Machadiana, o autor visita a obra de Machado de Assis e apresenta correspondências sutis entre a inteligência e a riqueza do autor e os sentidos emprestados à sua obra pelos mais variados leitores: de Augusto Meyer à Clarice Lispector, entre tantos outros. 

A terra e seus cristais é uma conversa que foge aos clichês. Álvares de Azevedo, Euclides da Cunha, Guimarães Rosa, Jorge de Lima e Frei Antônio do Rosário são os interlocutores. Já em Poesia e Matemática, o autor introduz o leitor no mundo da geometria fractal e a beleza destes objetos, além de apresentar as ideias de Leibnitz, Hardy e Poincaré. O autor ainda discute as relações entre arte e matemática e a perspectiva cultural deste campo do conhecimento.

Com Ficções de um gabinete ocidental, Marcos Lucchesi demonstra sua afinidade com os antigos “homens de gabinete”. Em épocas passadas, eles tinham lugar de destaque entre os intelectuais. Dicionarizada em fins do século XVI, a palavra gabinete tinha a ver com as salas de estudo onde se abrigavam humanistas. Cercados por livros, raridades de toda a sorte e uma luneta apontada para o firmamento, especialistas na literatura greco-latina e na filosofia lutavam contra o obscurantismo.

 

Prémio ARS/ Latina de Ensaios 2009