Escutai as vozes do bom senso!
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O título do livro era para ser altamente provocador, mas tive de o amenizar aconselhado por familiares e amigos, prevenindo más interpretações por mal intencionados. Dizia-me o malogrado e saudoso amigo Dr. Francisco Lopes da Silva que, actualmente, as piores obscenidades passaram a ser simples interjeições. Este, modificado, é praticamente benigno face aos que, desde o 25 de Abril, surgiram no mundo lusófono, e não só, desde o jornal diário lisbonense Merda, apregoado, em alta voz, por ardinas, “quem quer merda?”, nos dias seguintes ao 25 de Abril de 1974, aos livros, Os Cus de Judas, de António Lobo Antunes, Monólogo da Vagina, de Ana Gomes, Sexo? Sim, mas com orgasmo, comédia interpretada por Guida Maria, a Memória das Minhas Putas Tristes, de Garcia Marquez, a bronca pública do ex-secretário de Estado Francisco José Viegas, ao aconselhar alguém a “tomar no cu”, para só citar estes, sem me referir a obscenidades mais antigas, como a do ministro das finanças da 1ª República Portuguesa, Brito Camacho, aborrecido com o Presidente do Ministério, Afonso Costa (Mata-Frades), “as moscas mudam, mas a merda é a mesma”.