E Madureira quase chorou
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Este é um romance histórico no sentido mais humano do termo.
Os personagens da Segunda Guerra Mundial não são chefes de Estado, nem mesmo militares, mas sim famílias comuns, da pequena cidade de Szydlowiec, na Polônia.
Pessoas que por muitos anos já vinham sofrendo perseguições violentas por serem judeus, e que presenciaram, indefesas, os horrores da escalada nazista, que destruiu suas famílias, levando os jovens para campos de trabalho forçado e, imediatamente para a morte, os velhos e crianças.
A partir deste cenário, vamos acompanhar a trajetória de três adolescentes, unidos por profundo afeto, humor e lealdade. Um deles, Bentzion, decide migrar para o Brasil, com planos de trazer seus familiares, enquanto sua namorada, Marml, e seu maior amigo, Leibl, veem seu país ser invadido e atravessam um penoso inferno movidos por um único objetivo: sobreviver.
Mais difícil do que a adaptação aos costumes em um país distante seria a incerteza quanto ao destino das pessoas queridas que tinham ficado na Polônia, e principalmente o sofrimento de acompanhar as notícias de que quase todos estavam sendo eliminados. Mesmo assim a vida seguiu em frente, exigindo muito trabalho, mas trazendo uma nova personagem importante (Mandja), a alegria da chegada de novas gerações e o convívio das famílias no Rio de Janeiro.
Porém, assim como até mesmo um samba de carnaval, como “Madureira Chorou”, pode evocar lembranças tristes, uma história de amor guardada num antigo baú da memória emocional daqueles três personagens ainda viria à luz do dia, distorcida por uma fofoca desastrosa...
Seria possível uma reconciliação?
A resposta vai surgindo ao longo dos capítulos, com emoção e sensibilidade. E nada há de errado, leitor, em chorar com a história.
“Tinha deixado para trás, junto com os cabelos, a sua identidade. (...) A cada minuto, como um mantra, repetia para ela mesma as palavras de seu pai ao despedir-se:
– Jamais esqueça quem você é, seus valores e o que a sua casa lhe ensinou.”
“Com o contorno de suas montanhas, o Rio de Janeiro saudava a quem chegasse pelo porto. Mas o que estava provocando em Marml uma sensação de que suas pernas lhe faltariam a qualquer instante, ela bem sabia, não era a vista exuberante, nem o céu azul ou as águas calmas e verdes que o navio encontrava ao entrar na Baía de Guanabara.”
“Procuravam o conforto que só amigos de infância ou da juventude podem oferecer, assim como ir ao sótão, afastar as teias de aranha, abrir um baú de guardados e encontrar somente os brinquedos intactos – aqueles que valia a pena guardar.”