Devagar nas asas do vento
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A poesia de António Barbosa Topa passa por uma linguagem sem viscosidades, sem academismos e sem derramamento sentimentalista. Num tom coloquial, mesmo quando aborda questões mais densas, o poeta conduz o leitor numa leitura fluente. Em geral predomina o verso curto e livre. Vários poemas, escritos na primeira pessoa e dirigidos a um familiar ou a um companheiro da sua errância-exílio adquirem quase o estatuto de cartas. O recurso a assonâncias e a rimas internas é frequente, como nestes dois versos: “Venho nas asas do vento / devagar pela noite dentro” ou “Quando o mar / for só um morno calmo rio”. Neste último podemos notar a simples associação de palavras (“morno calmo rio”), sem conexão gramatical, mas que no entanto dão imensa força ao ambiente que o poeta deseja criar.
In Prefácio Dominique Stoenesco