Contramão
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Porto Alegre, seis e meia da manhã. Otávio Augusto desperta para mais um dia de trabalho. Após tomar banho, o que sempre lhe traz de volta à vida, separa suas roupas meticulosamente, combinando cada peça com cada acessório. A preparação para o trabalho mais parece um ritual, seguido de um café forte e fatias de pão quente. 'Contramão', de Henrique Schneider, introduz o romance por meio da descrição de uma personagem extremamente zelosa com a imagem, dotada de fortes ambições profissionais e de uma agenda impecavelmente organizada. Esta, no entanto, não possui espaço para imprevistos. Ao sair de casa, Otávio Augusto segue sua rotina. Senta ao volante do carro importado, liga o rádio para ouvir o noticiário e se põe a caminho da metalúrgica onde trabalha como gerente de negócios, cargo assumido logo após sua graduação. Um sinal quase fechado, as urgências para com horários e compromissos, somados a um motor possante, fazem com que Otávio seja o responsável pelo atropelamento de duas crianças. O lema 'tempo é dinheiro' parece não mais significar sucesso para o jovem administrador. Tomado pelo desespero, esquiva-se da situação, fugindo o mais rápido possível para que não destruam seu futuro. Dirigindo sem rumo, o itinerário é traçado pelo instinto. Uma breve pausa para respirar e arejar a cabeça. Ao analisar a estrada e sua localização, percebe ter passado por um posto de gasolina e toma a decisão de seguir caminho até o sétimo posto. Um já havia passado. O que mais aguardará Otávio nessa jornada sem destino? Ou, pelo menos, até o sétimo posto de gasolina?