Babá: esse depravado negro que amou
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Em 1889, no Rio de Janeiro, o suicídio de um negro, Babá. Morte registrada em especial destaque no panfleto O Meio, em necrológio assinado em conjunto pelos poetas editores Pardal Mallet, Coelho Neto e Paula Ney. No pequeno jornal antimonarquista, são abordadas as relações homoeróticas na noite carioca, em um mundo de réplicas, tréplicas, apelidos e fofocas, onde não poderia faltar um caso de amor não correspondido. Segundo eles, em outros tempos Babá, ao morrer, seria homenageado por amar tanto como os deuses no Olimpo e não mereceria apenas uma cova rasa. Jandiro Adriano Koch parte da efervescência cultural e noturna no Rio de Janeiro da República, entre poetas, intelectuais e profissionais do sexo no Largo do Rocio para propor reflexões sobre a população LGBTQI+ na sociedade brasileira. Um registro raro sobre gênero, que encontra na pesquisa acadêmica um longo caminho a ser percorrido.Jandiro Adriano Koch (Jan)Nasceu em Estrela, interior do Rio Grande do Sul. É graduado em História pela Univates (2018) e especialista em Gênero e Sexualidade (2019). Tem quatro livros lançados, todos analisando vivências LGBTQI+ em região interiorana, no Vale do Taquari (RS). Trabalhou como servidor público concursado na Prefeitura Municipal de Estrela; na Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul e no Instituto Nacional do Seguro Social, em Lajeado (RS).