A queda de Salazar: O princípio do fim da ditadura
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Governou Portugal durante quase quatro décadas, mas nunca se deu a conhecer. A sua opção foi mesmo a de esconder tudo, de todos. O presidente do Conselho não prestava contas do que fazia, nem de como vivia.
Salazar acabou por ser afastado na sequência da queda de uma cadeira, no forte onde passava férias. Foi em Setembro de 1968. Operado de urgência ao cérebro, quase recuperou, mas dias depois sofreu um AVC. Esteve em coma, melhorou e voltou para a residência oficial do presidente do Conselho. Até morrer, quase dois anos mais tarde, ninguém ousou dizer-lhe que já não era ele quem mandava, numa farsa só possível num país dominado pelo medo e pela censura. O sucessor — Marcello Caetano — não conseguiu impor-se e, sem o seu fundador, a ditadura não sobreviveu muito mais tempo.
Este livro retrata um ditador singular, que defendeu um império do Minho a Timor mas nunca visitou nenhuma colónia, só saiu do país para se encontrar com Franco em Espanha e andou uma única vez de avião para ir ao Porto.
Escrito e investigado por três jornalistas, descreve também o Portugal triste e pobre daquela época, apoiado em mais de uma centena de testemunhos, revelando episódios até agora desconhecidos sobre a governação de Salazar e a sua vida. A QUEDA DE SALAZAR
O princípio do fim da Ditadura