Exílios no Feminino: Sete percursos de luta e de esperança
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Iniciámos este nosso percurso pouco antes do confinamento. O nosso primeiro encontro foi presencial, numa agradável esplanada do Campo Grande. Muitas de nós não nos conhecíamos ainda pessoalmente e foi engraçado trocar as primeiras impressões sobre o projeto que nos reunia: escrever um livro sobre os nossos trajetos de exílio. A ideia pareceu-nos interessante porque, se o tema do exílio tem sido tão pouco falado na história da resistência ao fascismo no Estado Novo, o papel das mulheres, e tantas foram, muitas vezes como companheiras dos refugiados políticos, desertores e refratários, tem sido completamente ignorado. Fazê-las sair do silêncio, porque não?
(As Autoras)
Editar, a partir das narrativas completas das sete autoras, o Exílios no Feminino constituiu um enorme desafio atendendo à diversidade de abordagens que os textos me revelaram logo na primeira leitura. A liberdade que me foi concedida para organizar os conteúdos em função de critérios que estabeleci foi uma demonstração de uma grande generosidade. Fui validando, em diálogo e em interações regulares com as verdadeiras produtoras desta publicação, uma visão não-convencional do livro de memórias ou de Histórias de Vida que espero que cumpra, nas mãos dos leitores e das leitoras, a missão de tratar de coisas do passado fornecendo matéria para pensar e para agir tendo em conta os desafios do futuro.
(Carlos Valentim Ribeiro, Editor-Coordenador)