Lendas africanas dos Orixás
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om sua primeira edição lançada em 1985, pela editora Corrupio, Lendas Africanas dos Orixás é um dos títulos mais procurados por pesquisadores, religiosos e interessados em assuntos da diáspora africana. O livro traz um compilado de lendas, cuidadosamente coletadas por Verger em 17 anos de sucessivas viagens pela África Ocidental, desde 1948, período em que se tornou Babalaô (1950) e quando recebeu do seu mestre Oluô o nome de Fatumbi. Todas essas lendas foram anotadas por Verger a partir das narrativas dos adivinhos babalaôs africanos e que, como diz Arlete Soares no texto de apresentação da primeira edição, são “histórias que constituem, todas elas, testemunhos diretos e espontâneos da cultura iorubá, cuja influência na nossa cultura faz-se sentir de maneira tão acentuada”.
Conhecido por todos pelo seu trabalho fotográfico, curiosamente, o livro não traz uma fotografia sequer produzida por Verger. No entanto, a imagética das lendas desta obra recebe o auxílio luxuoso de Carybé, que assina as 24 ilustrações. O artista visual argentino e grande amigo de Fatumbi traduz com carinho, sensibilidade e cuidadosas informações etnográficas o espírito da magia dos orixás, que é fruto da sua intimidade com o candomblé da Bahia.
Esta nova edição de Lendas Africanas dos Orixás é uma publicação da Fundação Pierre Verger e traz como uma das principais novidades o prefácio assinado por Reginaldo Prandi, sociólogo e reconhecido escritor brasileiro sobre as mitologias dos orixás, com o texto “Um babalaô me mostrou”, no qual o professor destaca o quanto esta publicação tem contribuído para repor parcela significativa da tradição esquecida de parte do patrimônio mitológico iorubá por força da adversidade da vida dos africanos no Brasil. Além de um aplicativo para smartphones que permite ouvir as narrações de todas as lendas do livro feitas por Vovó Cici. Basta fazer o download (links abaixo) na sua loja de aplicativos.