História da Madeira – séc. XVII: O regresso do Atlântico
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"O final do séc. XVI e o início do séc. XVII representaram um reajustamento do quadro do Atlântico para a monarquia dual ibérica, a que a Ilha da Madeira respondeu projetando os seus quadros para Lisboa e Madrid, tal como para os domínios ultramarinos da coroa castelhana. Filipe II de Castela, ao tomar posse do trono de Portugal, abrira os seus vastos reinos ultramarinos aos portugueses, registando-se, quase de imediato, a presença de madeirenses nos vários vice-reinos castelhanos da América Latina. Num curto espaço de tempo as igrejas madeirenses apareciam dotadas de vastos tesouros em prata e proliferaram as oficinas de prateiros no Funchal.
A situação altera-se nos meados do séc. XVII, não conseguindo a união ibérica responder aos vários desafios de concorrência que lhe foram colocados e levando à separação de Portugal. Um novo reajustamento teve de ser então efetuado no Império Português, que se voltou, novamente, para o quadro do Atlântico, quase abandonando o Índico, mantendo a Madeira a sua tradicional centralidade nesse enquadramento."