A primeira elite colonial atlântica
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Dos "homens honrados brancos" de Santiago à "nobreza da terra" - Finais do séc. XV - inìcio do séc. XVII
Este livro analisa a formação e desenvolvimento da elite da ilha de Santiago que desde o século XV até ao século XVII evoluiu num processo em que se evidencia uma vincada mudança social. Durante o primeiro século da história do arquipélago, os «homens brancos honrados» de Santiago ocuparam os lugares de topo da sociedade da ilha. Estes homens, brancos/reinóis, muitas vezes nobres, armadores, comerciantes e funcionários da administração central, formaram a primeira elite do arquipélago que estruturou a sociedade cabo-verdiana segundo os seus interesses económicos, as suas práticas culturais, políticas e ideológicas. Os filhos ilegítimos mulatos dos «homens brancos honrados» viriam depois a ocupar os lugares cimeiros na economia e no poder local santiaguense como membros da elite endógena cabo-verdiana, mas sem as facilidades que o comércio lucrativo com a Costa da Guiné propiciava. É a herança que receberam dos seus progenitores que leva a que os homens dessa elite fossem identificados por «brancos da terra» e, não sendo nobres reinóis, fizessem parte do grupo restrito da «nobreza da terra». É esta elite que vai evoluir até à Independência de Cabo Verde. Todo este processo de criação e manutenção de elites decorreu em continuidade, sem rupturas abruptas. É esta especificidade da sociedade cabo-verdiana que a autora apresenta e esclarece neste livro.