Memorial de Aires
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Memorial de Aires (1908) é o último romance de Machado de Assis, e o segundo atribuído ao último dos seus autores ficcionais, o conselheiro Aires, diplomata aposentado que já aparecera no romance anterior, Esaú e Jacó (1904).
Aqui, encontramos o diário do conselheiro nos anos de 1888 e 1889, curso de anotações em que Aires segue e comenta sobretudo a vida do velho casal Aguiar e as peripécias da peculiar relação com a bela viúva Fidélia e o jovem Tristão.
Ainda digressivo e irónico, vive mais da escrita do que do enredo, magistralmente tecido sem tensões nem conflitos. Prevalece a melancolia sobre a galhofa, mas sempre num tom de serenidade e com uma agudeza que fazem de Memorial de Aires um dos mais belos testemunhos da velhice da literatura em língua portuguesa. Esta edição pretende reanimar um romance e um autor de enorme qualidade e importância para as literaturas de língua portuguesa, fazendo-o com a qualidade e fidelidade a que os Livros Cotovia habituaram os seus leitores.
Memorial de Aires, romance publicado no ano da morte do escritor, permite ao leitor a penetrar no mundo e a conhecer a mente de Machado de Assis.
Quando começou a escrever o Memorial, Machado perdera Carolina, sua esposa de toda a vida, havia quatro anos. Esse sentimento está muito presente no livro, misto de reflexão sobre a velhice, reconciliação com a vida e retrato das profundas mudanças de um país que tentava se libertar das amarras da escravidão.
Nesta obra, Machado dá voz ao Conselheiro Aires, diplomata viúvo que está de volta ao Brasil depois de muitos anos. Ele começa um diário no qual, com um olhar entre o nativo e o estrangeiro, esmiúça as dúvidas de todo um povo em relação ao seu futuro.